Quando o mundo chega no limite
A trama de The Path to Luma para Android, iPhone e iPad não deixa de ser bem interessante. O povo Chroma levava uma vida bem despreocupada com a natureza em seu sistema planetário até que tudo se tornou insustentável por causa da poluição do solo, da terra e do ar. Fugiram para o espaço e mandaram os andróides SAM para limpar os planetas — usando energias renováveis — e permitir que voltem para seu lar. O conceito de gameplay que permeia essa história não apenas serve para nos conscientizar sobre o que estamos fazendo com a nossa Terra, mas é um espetáculo a parte, sintetizando todo o potencial que o game tem. Cada fase se passa em um mapa esférico tridimensional e é possível girá-lo para ter uma visibilidade total do desafio a ser vencido. Ao clicar na superfície do “planeta”, o SAM se movimenta e coleta itens que são encontrados pelo caminho. Por mais que as missões sejam sempre diferentes, a ideia geral é deixar o planeta habitável, seja despoluindo o ar ou levando energia renovável às casas. O andróide pode carregar uma bateria nas costas, usada para resolver os puzzles, além dos bastões de energia solar, dos moinhos de energia eólica e os centros de energia hidrelétrica.
A beleza da solidão
Toda a atmosfera do jogo é feita para você se sentir no papel de SAM: solitário, em um mundo desolado, mas com o poder todo na mão para ter mudanças. A trilha sonora é calma e até melancólica, mas fica animada quando a fase se completa e o planeta é restaurado. O visual lindo de The Path to Luma pode ser visto sob a ótica da mesma metáfora: as cores são escuras e pobres durante o desafio, mas tudo fica colorido ao fim do puzzle — um grande exemplo disso é a energia elétrica, sempre representada em azul-claro, dando um grande contraste com o resto do ambiente.
Conclusão/Opinião sobre o The Path to Luma
Dizer que The Path to Luma é apenas um game para conscientização das pessoas quanto ao uso de energias renováveis é reduzí-lo à parte mais fraca de seu pacote. Com história, visual e atmosfera envolventes, seu conceito é maravilhoso e desafiador, um jogo em que vale a pena gastar algumas horas. Além do mais, ele apresenta todos os novos elementos de uma forma bem orgânica e não tem microtransações, sendo bem completo. Uma das melhores opções quanto a jogos artísticos, sem dúvidas.